Palestra no Plein Air Studio

Palestra no Plein Air Studio

Aula Aberta

Adeus Mestre!

                                        Luiz Pinto- óleo s/ tela  

‘A arte genuína’, afirmou o mestre, ‘não conhece nem fim nem intenção. Quanto mais obstinadamente o senhor se empenhar em aprender a disparar a flecha para acertar o alvo, não conseguirá nem o primeiro e muito menos o segundo intento. O que obstrui o caminho é a vontade demasiadamente ativa. Eugen Herrigel - A arte cavalheiresca do arqueiro zen. São Paulo. Editora Pensamento-Cultrix.

Aprender não é tarefa fácil. Quando tentamos dominar um ofício de forma solitária é como andar sem rumo por um imenso campo . A mão do mestre nos indica o caminho, nos socorre e nos fortalece quando de nossas incertezas.

 A oportunidade de encontrar e seguir um mestre reforça a convicção de que o que fazemos é o certo e que não estamos sozinhos em nossa caminhada de aprendizado constante.

Recordo-me da aparente facilidade no manejo das tintas e do pincel, e das dicas que eram passadas de modo despretencioso.

A experiência que ensinava a trabalhar pelo resultado, não como objetivo final mas como um inesperado e único momento em que não se precisava mais tocar na tela. Durante os anos de convivência, palavras novas foram adicionadas ao meu vocabulário: paciência, tenacidade, concentração, descontração, repetição, humildade…

Dizia que as cores tinham que conversar, que tinha muita dificuldade em pintar, que a pintura é coisa séria.

Dizia que eu levava jeito; e que em Minas, tudo era meio diferente.

Gostava de Sorolla, Paulo do Valle, Carol Kossak, Rodolf Weigel, Altamiro Carrilho e de vinho e chopp.

Pintou as mais belas paisagens que meus olhos já viram…

               Muito obrigado meu mestre Luiz Pinto (1939- 2012).

Workshop Montanhas do Japi

Olá pessoal, este próximo workshop será uma ótima oportunidade de praticar a pintura ao ar livre e aprender como executar rápidos sketches a óleo num lugar especial, a apenas 30 min da capital. Clique na imagem e saiba mais.
15 de Setembro de 2012
Outras informações: 38981379

Convido todos a visitarem a Exposição "Versões Pictóricas" que acontece no Plein Air Studio com visitação a partir de 15 de Junho até 20 de Julho. Com obras originais de Gonzalo Cárcamo, Marcus Claudio, Juliana Limeira, Charles Oak e Alexandre Reider.

Plein Air Convention (parte 3)

Uma das vistas do Spring Montain Ranch, locação do primeiro dia de pintura outdoor.

Frio de 7 graus, vento e garoa não nos impediram de fazer uma manchinha rápida...bem rápida...

Essa ficou nos States, em gratidão `a hospitalidade do amigo Marcelo Daldoce.

Plein Air Convention (parte 2)

O segundo dia de evento começou com a apresentação ilustrada de Richard Ormond, sobrinho neto e maior autoridade no que se refere `a obra de John Singer Sargent.

Clyde Aspevig fez uma emocionante leitura de sua vida e obra, acompanhado de primorosos slides de suas mais importantes pinturas.

Matt Smith em sua demonstração.

Scott Christensen em sua demonstração.

O brazuca no meio dos feras.

Plein Air Convention 2012

Acabei de chegar de Las Vegas onde participei da Plein Air Convention 2012, evento que reuniu cerca de 500 pintores de todo o mundo e que contou com a participação de grandes nomes da pintura figurativa americana, entre eles Scott Christensen, Cleyde Aspevig, Matt Smith e Jeremy Lipking, entre tantos outros. Foram quatro dias de evento com palestras, demonstrações no auditório e ao ar livre em locações espetaculares.

Logo no primeiro dia, uma demonstração tripla com Tony Pro, Alexey Steele e Jeremy Lipking que pintaram um retrato Alla Prima.

Pude acompanhar bem de perto o trabalho de Jeremy Lipking que executou um belíssimo retrato em aproximadamente uma hora e meia.

Nesta data, 6 de abril de 1912, nascia na Áustria meu avô Jorge Reider. Aproveitando a comemoração do centenário de seu nascimento, convido a todos a visitar o blog de José Rosário para conhecer um pouco sobre a vida e a obra deste grande artista.

 Jorge Reider (1912-1962)

Big Size II

 Comecei esta obra com um estudo previamente aprovado pelo cliente, uma churrascaria gaúcha da Cidade do México. Tive que encomendar especialmente a tela que medirá 2,50m x 4,80m. Fiz uma parede de compensado e estiquei a tela com grampos para que a superfície ficasse o mais uniforme possível. A ausência de um chassis, porém, dificulta o alcance das áreas mais altas ( e mais baixas) do trabalho. Nada que um andaime improvisado não tenha dado jeito.

Uma das minhas preocupações foi com o desenho, por isso quadriculei a tela usando barbantes. Resolver a composição e a proporção das figuras foi um passo importante para o início da pintura. Tirei o branco da tela tonalizando–a com siena natural.

A partir daí comecei a pintura monocromática para deifnir os valores tonais, o que numa tela destas proporções torna-se uma grande vantagem na execução.

É nestas horas que sinto falta de uma formação rígida acadêmica, coisa que infelizmente não temos no Brasil. Procuro estudar os que antes fizeram trabalhos de grandes formatos. Nomes como Aldo Locateli, Oscar Pereira da Silva e Eliseu Visconti...

Se tudo der certo espero postar o resultado final em breve. Aproveito para agradecer a curiosidade dos amigos em conhecer um pouco do processo de trabalho desta obra que tem sido um desafio nas últimas semanas.

"Big Size"

Quadros grandes exigem planejamento, ritmo e horas de trabalho.