quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Beira de estrada
Sempre gostei de cenas de beira de estrada. Esta pequena "mancha" foi feita a partir de uma foto tirada a caminho de Campos do Jordão antes da subida da serra. O suinã florido estava lá dando diversidade e equilíbrio à cena. O.s.t 20x30 cm
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Rodin
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Praia do Portinho
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Baleeira
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Homenagem
Hoje morreu um grande nome da pintura brasileira.Glycério Carnelosso faleceu aos 87 anos em São Paulo. Aprendi a admirar sua pintura nestes últimos dois anos e presto uma homenagem ao grande mestre das tintas. Este é um pequeno retrato que fiz a partir de uma foto que tirei em seu atelier. Esteja com Deus meu amigo!
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Gigante do canal
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Festival de caricaturas em Ilhabela
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Campos ao ar livre
Desenhar e pintar ao ar livre implica muito mais do que a prática de uma técnica ou o estudo dos fundamentos da arte. Nesta situação aprendo a ver corretamente as cores das sombras, o ar que separa os planos, a tridimensionalidade dos elementos,informações essenciais à obtenção de efeitos convincentes que constituem uma obra profissional. Estas manchas foram realizadas em diferentes horas do dia e foram o ponto de partida para o resultado final de minha última exposição, realizada em Campos do Jordão no mês passado.
terça-feira, 7 de julho de 2009
Flip 2009
Estive este ano em Paraty durante a Flip junto com alguns amigos artistas para pintarmos ao ar livre. Foi uma ótima oportunidade para estudar e praticar a pintura. Participaram da aventura Cárcamo, Daldoce, Zuri e Willian. Esta manchinha fiz próximo ao canal num dos poucos momentos de sol da semana de literatura.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Facilidade de Pintar
FACILIDADE DE PINTAR
De Henri Matisse para Henry Clifford
Vence, 14 de fevereiro de 1948
Espero que minha exposição seja digna de todo o trabalho que lhe está dando e que me comove profundamente. Tendo em vista, porém, a grande repercussão que pode ter, e vendo quantos preparativos estão sendo feitos para ela, pergunto-me se o seu âmbito não terá uma influência mais ou menos infeliz sobre os jovens pintores. Como interpretarão eles a impressão de aparente facilidade que lhes produzirá uma visão geral e rápida e até mesmo superficial, de minhas pinturas e desenhos?
Sempre tentei ocultar os meus esforços, sempre desejei que minhas obras tivessem a leveza e a alegria da primavera, que nunca nos permite suspeitar o trabalho que custou. Por isso, receio que os jovens, vendo em minha obra apenas uma facilidade aparente e negligência no desenho, se sirvam disso como desculpa para evitar certos esforços que me parecem necessários.
As poucas exposições que tive a oportunidade de ver durante estes últimos anos levam-me a temer que os jovens pintores estejam evitando a lenta e penosa preparação necessária à educação de qualquer pintor contemporâneo que pretenda construir apenas pela cor.
Esse trabalho lento e penoso é indispensável. Na verdade, se os jardins não fossem cavados no momento adequado, em breve não serviriam para nada. Não precisamos primeiro limpar o terreno para em seguida cultivá-lo a cada estação do ano? Se o artista não soube preparar o seu período de floração, mediante um trabalho que apresenta pouca semelhança com o resultado final, breve é o futuro que tem à sua frente: quando um artista “venceu” já não sente a necessidade de voltar à terra de tempos, começa a andar à volta, repetindo-se, até que sua curiosidade se extingue nessa repetição. O artista precisa possuir a natureza. Deve identificar-se com o seu ritmo, por meio de esforços que preparem o domínio que mais tarde lhe permitirá expressar-se na sua própria linguagem. O futuro pintor deve saber que é útil para seu desenvolvimento — desenho, ou mesmo escultura —, tudo o que o levará a identificar-se com a Natureza, entrando nas coisas — é a isso que chamo Natureza — que lhe provocam sentimentos. Considero essencial o estudo por meio do desenho. Se o desenho pertence ao Espírito e a cor aos Sentidos, é preciso desenhar primeiro, cultivar o espírito a ser capaz de conduzir a cor pelos caminhos espirituais. É isso que quero dizer bem alto, quando vejo o trabalho de jovens para quem a pintura já não é uma aventura e cujo único objetivo é a exposição individual que os ponha no caminho da fama. Só depois de anos de preparo deve o artista jovem tocar na cor — isto é, não como uma descrição, mas sim como meio de expressão. Só então pode ele esperar que todas as imagens, ou mesmo todos os símbolos que usar sejam o reflexo de seu amor pelas coisas, um reflexo em que ele pode confiar, caso tenha realizado sua educação com pureza e sem mentir para si mesmo. Então ele empregará a cor com discernimento. Irá colocá-la de acordo com um projeto natural, não formulado e totalmente disfarçado, que nascerá diretamente de seus sentimentos: foi isso que permitiu a Toulouse-Lautrec, no fim de sua vida, exclamar: “Finalmente, já não sei mais desenhar”. O pintor que está apenas começando acha que pinta com o coração. Só este último está certo, porque seu treinamento e disciplina lhe permitem ceder a impulsos que ele pode, pelo menos em parte, disfarçar. Não tenho a pretensão de ensinar: quero apenas que minha exposição não provoque interpretações falhas naqueles que ainda precisam abrir o seu caminho. Gostaria que as pessoas soubessem que não podem abordar a cor como se entrassem por uma porta, que é necessário passar por um rigoroso preparo para ser digno dela. Mas, antes de tudo, é evidente que devemos ter um dom da cor, como o cantor deve ter voz. Sem esse dom, não podemos chegar a lugar nenhum, e nem todos podem dizer como Corregio: “Anch’io son pittore”. O colorista faz sentir sua presença até mesmo num simples desenho a carvão.
Meu caro Sr. Clifford, chego ao fim de minha carta. Comecei-a para dizer-lhe que compreendo o trabalho que está tendo comigo no momento. E vejo que, obedecendo a uma necessidade íntima, fiz desta carta uma expressão do que sinto sobre o desenho, a cor e a importância da disciplina na educação de um artista. Se acha que todas essas minhas reflexões podem ser úteis a alguém, faça com esta carta o que lhe parecer melhor...
Henri Matisse
De Henri Matisse para Henry Clifford
Vence, 14 de fevereiro de 1948
Espero que minha exposição seja digna de todo o trabalho que lhe está dando e que me comove profundamente. Tendo em vista, porém, a grande repercussão que pode ter, e vendo quantos preparativos estão sendo feitos para ela, pergunto-me se o seu âmbito não terá uma influência mais ou menos infeliz sobre os jovens pintores. Como interpretarão eles a impressão de aparente facilidade que lhes produzirá uma visão geral e rápida e até mesmo superficial, de minhas pinturas e desenhos?
Sempre tentei ocultar os meus esforços, sempre desejei que minhas obras tivessem a leveza e a alegria da primavera, que nunca nos permite suspeitar o trabalho que custou. Por isso, receio que os jovens, vendo em minha obra apenas uma facilidade aparente e negligência no desenho, se sirvam disso como desculpa para evitar certos esforços que me parecem necessários.
As poucas exposições que tive a oportunidade de ver durante estes últimos anos levam-me a temer que os jovens pintores estejam evitando a lenta e penosa preparação necessária à educação de qualquer pintor contemporâneo que pretenda construir apenas pela cor.
Esse trabalho lento e penoso é indispensável. Na verdade, se os jardins não fossem cavados no momento adequado, em breve não serviriam para nada. Não precisamos primeiro limpar o terreno para em seguida cultivá-lo a cada estação do ano? Se o artista não soube preparar o seu período de floração, mediante um trabalho que apresenta pouca semelhança com o resultado final, breve é o futuro que tem à sua frente: quando um artista “venceu” já não sente a necessidade de voltar à terra de tempos, começa a andar à volta, repetindo-se, até que sua curiosidade se extingue nessa repetição. O artista precisa possuir a natureza. Deve identificar-se com o seu ritmo, por meio de esforços que preparem o domínio que mais tarde lhe permitirá expressar-se na sua própria linguagem. O futuro pintor deve saber que é útil para seu desenvolvimento — desenho, ou mesmo escultura —, tudo o que o levará a identificar-se com a Natureza, entrando nas coisas — é a isso que chamo Natureza — que lhe provocam sentimentos. Considero essencial o estudo por meio do desenho. Se o desenho pertence ao Espírito e a cor aos Sentidos, é preciso desenhar primeiro, cultivar o espírito a ser capaz de conduzir a cor pelos caminhos espirituais. É isso que quero dizer bem alto, quando vejo o trabalho de jovens para quem a pintura já não é uma aventura e cujo único objetivo é a exposição individual que os ponha no caminho da fama. Só depois de anos de preparo deve o artista jovem tocar na cor — isto é, não como uma descrição, mas sim como meio de expressão. Só então pode ele esperar que todas as imagens, ou mesmo todos os símbolos que usar sejam o reflexo de seu amor pelas coisas, um reflexo em que ele pode confiar, caso tenha realizado sua educação com pureza e sem mentir para si mesmo. Então ele empregará a cor com discernimento. Irá colocá-la de acordo com um projeto natural, não formulado e totalmente disfarçado, que nascerá diretamente de seus sentimentos: foi isso que permitiu a Toulouse-Lautrec, no fim de sua vida, exclamar: “Finalmente, já não sei mais desenhar”. O pintor que está apenas começando acha que pinta com o coração. Só este último está certo, porque seu treinamento e disciplina lhe permitem ceder a impulsos que ele pode, pelo menos em parte, disfarçar. Não tenho a pretensão de ensinar: quero apenas que minha exposição não provoque interpretações falhas naqueles que ainda precisam abrir o seu caminho. Gostaria que as pessoas soubessem que não podem abordar a cor como se entrassem por uma porta, que é necessário passar por um rigoroso preparo para ser digno dela. Mas, antes de tudo, é evidente que devemos ter um dom da cor, como o cantor deve ter voz. Sem esse dom, não podemos chegar a lugar nenhum, e nem todos podem dizer como Corregio: “Anch’io son pittore”. O colorista faz sentir sua presença até mesmo num simples desenho a carvão.
Meu caro Sr. Clifford, chego ao fim de minha carta. Comecei-a para dizer-lhe que compreendo o trabalho que está tendo comigo no momento. E vejo que, obedecendo a uma necessidade íntima, fiz desta carta uma expressão do que sinto sobre o desenho, a cor e a importância da disciplina na educação de um artista. Se acha que todas essas minhas reflexões podem ser úteis a alguém, faça com esta carta o que lhe parecer melhor...
Henri Matisse
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Vendedor de Castanhas
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Campos de Cima ( óleo )
Campos de Cima da Serra
segunda-feira, 23 de março de 2009
Brincadeira de verão
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
"Alla Schmid"
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Ibira
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
sábado, 17 de janeiro de 2009
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
O velho e os pombos
"Este trabalho é oriundo de uma fotografia que me foi ofertada por um grande amigo e destacado pintor paisagista, crioulo das pampas gaúchas, parceiro incansável de tantas andanças campesinas e boas degustações etílicas. Gremista de coração e defensor das tradições gauchescas (cavalo, cusco, china e chamamé). Seu nome de guerra: Capitan Lisandro França. A ele, meu saudoso abraço pelas tantas contribuições e amizade incomensurável."O velho e os pombos 20x30cm 2008.
domingo, 11 de janeiro de 2009
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